O rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019 matou 272 pessoas e deixou outras 11 desaparecidas – dados de março de 2021. A tragédia é considerada um crime sem precedentes na história do Brasil contra os trabalhadores, os moradores de Brumadinho e o meio ambiente.
A área atingida pela lama está fora do perímetro urbano da sede do Município, mas muito próxima às comunidades de Parque da Cachoeira, Córrego do Feijão, Pires e Cantagalo. Os estragos são imensuráveis e até a presente data, os Bombeiros Militares do estado de Minas Gerais trabalham na busca pelos desaparecidos.
A magnitude desta tragédia causou um abalo tão grande que se torna difícil definir o termo “atingido”. O Município entende que todos aqueles que vivenciaram e sofrem com as consequências da tragédia são atingidos de alguma forma.
No dia 04 de fevereiro de 2021, o governo de Minas Gerais e a Vale S/A assinaram um acordo em que a mineradora se compromete a pagar R$ 37 bilhões para reparação dos danos causados pela tragédia. Esse acordo não teve a participação dos poderes Executivo e Legislativo Municipal, nem mesmo de representantes da sociedade. O Governo Municipal tenta junto ao governo do Estado, garantir que o Município seja de fato contemplado com projetos que possam garantir a reparação e o desenvolvimento econômico, para que Brumadinho possa diversificar a sua economia e não ficar tão dependente da mineração.
Além das perdas humanas e ambientais a tragédia-crime deixou um passivo moral, social e econômico sem precedentes.
O dia 25 de janeiro foi definido como feriado Municipal em respeito às vítimas. E todo o dia 25 de cada mês, ao meio dia, a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem [AVABRUM] realiza um ato em memórias das “Nossas Joias”, no marco da entrada da cidade.